PQLP oferece Curso de Formação Intensiva em Língua Portuguesa aos membros das FALINTIL-FDTL

A partir do dia 19 de janeiro de 2015, seis professores do PQLP atuarão no ensino da Língua Portuguesa para 115 militares das Forças Armadas de Defesa de Timor-Leste (FALINTIL-FDTL). Os últimos detalhes foram acertados em reunião conduzida pelo Major Punu Fanu no dia 8 de janeiro de 2015, no Quartel General, em Díli.

O Major Punu Fanu, guerrilheiro das FALINTIL participou da resistência armada de Timor-Leste ao longo dos 24 anos de dominação indonésia. Durante a reunião com os professores brasileiros, ele contou as diversas estratégias utilizadas pela resistência timorense nas montanhas e como a língua portuguesa os auxiliava para garantir o sigilo das informações.

As narrativas do Major são representativas da história do país em reconstrução. Em 7 de dezembro de 1975, a Indonésia invadiu o país e ali permaneceu ao longo de 24 anos exercendo um governo ditatorial. Durante os anos de dominação indonésia foi instaurado um sistema educacional que propagava a ideologia e a língua indonésias ao mesmo tempo em que suprimia a cultura timorense. Nesse período, a população de Timor-Leste foi proibida de utilizar a língua portuguesa.

Timor-Leste conquistou a sua independência em 19 de outubro de 1999. Em 2002, foi promulgada a Constituição da República Democrática de Timor-Leste (RDTL) que estabelece, em seu artigo 13º, que os idiomas oficiais da nova nação são a língua portuguesa e o tétum .

A cooperação entre o governo do Brasil e de Timor-Leste na área de defesa acontece desde o estabelecimento da F-FDTL, em 2001, até os dias atuais, período em que as Forças Armadas Brasileiras vêm trabalhando em parceria com os membros das F-FDTL em várias formações.

Entre as demandas de capacitação, destaca-se o curso de Formação Intensiva em Língua Portuguesa que será ministrado pelos cooperantes Ricardo Canarin, Arizângela Figueiredo, Juliana de Paiva Santiago, Rosane Lorena de Brito, Hérica Jorge da Cunha Pinheiro e Daniel Borges aos membros das F-FDTL e possibilitará aos militares timorenses melhor desempenho em suas tarefas profissionais, tanto em Timor-Leste quanto em cooperação com os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

por Raquel Scartezini

Articuladora Geral do PQLP/CAPES/UFSC.

FacebookTwitterWhatsAppGoogle+Compartilhar